Cases   Sensemaker®

Revelando o que os dados tradicionais não mostram nos Serviços de Saúde

O SenseMaker®, junto a seus métodos associados, vem sendo utilizado há mais de uma década em contextos de saúde ao redor do mundo, abordando desde temas relacionados à experiência do paciente até dinâmicas estruturais das organizações prestadoras de serviço.

Essa abordagem permite captar experiências humanas complexas em larga escala, combinando:

  • Histórias curtas e auto-interpretadas
  • Metadados quantificados
  • Padrões emergentes a partir de múltiplas vozes

Diferente de pesquisas tradicionais que extraem trechos e agrupam temas manualmente – ou que achatam nuances por meio de inteligência artificial – o SenseMaker® convida os próprios participantes a darem sentido às suas experiências. Isso reduz o viés do pesquisador e revela insights poderosos, com base em narrativas vividas.

O Desafio

Uma grande agência de saúde pública estava avaliando seus programas comunitários de saúde mental. Os painéis de controle indicavam que a adesão, o tempo de espera e as taxas de encaminhamento estavam dentro das metas estabelecidas. No entanto, a satisfação dos pacientes seguia baixa, e o moral da equipe de linha de frente estava em declínio.

Havia um descompasso evidente: o sistema via os dados, mas não ouvia as histórias. Algo importante estava passando despercebido.

A escolha pelo SenseMaker®

Era necessário ir além das métricas convencionais. A organização precisava compreender:

  • O que realmente acontecia nos espaços entre os dados?
  • O que as pessoas não conseguiam expressar em campos de múltipla escolha?
  • Onde estavam os sinais fracos que apontavam para tensões mais profundas ou mudanças emergentes?

A resposta veio com o SenseMaker®, uma ferramenta de sense-making baseada em narrativas, capaz de escutar de forma mais humana, contextual e plural.

O Processo

Mais de 800 histórias foram coletadas de pacientes, familiares e profissionais da linha de frente. Cada história era breve – uma lembrança, uma interação, uma reflexão.

Após narrar sua experiência, cada pessoa interpretava sua própria história por meio de tríades e díades. O significado vinha do próprio autor da história, e não de um pesquisador externo. E isso fez toda a diferença.

O que foi revelado?

O SenseMaker® trouxe à tona o que os números não mostravam:

  • Um padrão emergiu: muitos pacientes relatavam concordar com os programas de tratamento não por acreditarem neles, mas por não enxergarem alternativas.
  • Profissionais da linha de frente descreviam uma cultura silenciosa de esgotamento, disfarçada por um profissionalismo que as pesquisas internas não captavam.
  • Sinais fracos apontavam para um subgrupo de jovens que abandonavam o tratamento precocemente. Um padrão se repetia em suas histórias: “Eles ouviram os meus sintomas, mas não me ouviram.”

Esses insights não eram suposições. Eram padrões mensuráveis, derivados de pessoas reais, em tempo real.

O Resultado

Com o SenseMaker®, a agência foi capaz de:

  • Identificar lacunas emocionais e relacionais ocultas sob indicadores de desempenho.
  • Redesenhar os protocolos de entrada do tratamento, incorporando pontos de escuta mais relacionais.
  • Implementar intervenções direcionadas para grupos com alto risco de evasão.
  • Utilizar as próprias histórias nos treinamentos internos, fortalecendo empatia e reconexão com o propósito.

Consideração Final

Essa nova abordagem não apenas revelou o que estava acontecendo, ajudou a compreender por que aquilo acontecia e como agir a partir daí.

Mas talvez o mais importante: mostrou que o sistema precisava responder não apenas aos dados, mas às pessoas.

Publicado originalmente em: Using SenseMaker® to Reveal What Traditional Data Missed in Mental Health Services.

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