Risk Matrix | Primeira Apresentação

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Tenho passado uma quantidade considerável de tempo no último mês estabilizando a versão atual do Estuarine Mapping, preparando-a para a versão do Hexi-Kit. Paralelamente, tenho examinado alguns assuntos que precisam ser endereçados para integrá-la em uma estrutura estratégica mais ampla. Esse exame tem se concentrado em questões sobre o tema risco, estimuladas em parte pela minha próxima palestra no 34º Simpósio Internacional Anual da INCOSE, em Dublin, no próximo mês, e por um ou dois suspiros de desespero da minha parte com um ‘especialista’ em risco e complexidade que afirmou nas redes sociais que risco, incerteza e complexidade são proporcionais em três escalas lineares. Essa proposição por si só indica que a expertise é superficial, na melhor das hipóteses, inexistente, na pior, utilizando os termos e conceitos sem entender ou estar preparado para viver com as implicações.

Portanto, estive brincando com algumas imagens e, como de costume, agora estou confortável o suficiente para começar a publicá-las, entendendo que elas mudarão substancialmente à medida que eu trabalho nas opções. A teoria é sólida, mas agora é hora da prática. A série de atualizações de 1º de março forneceu evoluções sobre os frameworks Estuarine, AIMS e 3As. Todos os três são relevantes aqui. Eles se relacionam com a gestão e compreensão do substrato estratégico no qual uma organização (ou um indivíduo) opera. Você encontrará a palavra substrato sendo usada cada vez mais nos meus escritos, e a definição básica é (citando o Oxford English Dictionary): “Aquele que forma o substrato ou base de algo; que está abaixo ou na base de algo; subjacente.”

O princípio do Estuarine Mapping é entender as Affordances do substrato, e a isso, adicionamos Assemblage   e Agency no framework das 3As. Nesta visão, o princípio básico de uma estratégia é responder ao substrato ou manipulá-lo antes de assumir o risco de uma intervenção crítica. Isso significa começar com o estado atual das coisas, em vez de uma visão idealista do que você gostaria que fosse o caso. Com a quantidade suficiente de monitores (Monitors no framework AIMS), você pode identificar o surgimento precoce de padrões dentro do sistema e amplificar aqueles que parecem benéficos, enquanto atenua ou elimina os menos desejáveis. Essa abordagem nos capacita a ser proativos e responsivos, em vez de reativos, no nosso planejamento estratégico e gestão de riscos.

Se padrões desejáveis não estiverem surgindo naturalmente, pode ser necessário forçá-los, e isso nos dá a dimensão vertical no que, por enquanto, estou chamando de matriz de risco (conforme exibido na imagem acima). A dimensão horizontal é o nível de granularidade e paralelismo das intervenções. Aqui, há uma clara ligação com as sondagens paralelas do domínio complexo no Cynefin. Existe um forte elemento que estimula a busca pela medida adequada nesta matriz. Intervenções demais, muito detalhadas, podem não fornecer propósito ou direção suficientes. Se a resposta for apenas ao que acontece naturalmente, então toda a abordagem é simplesmente serendipidade: o que será, será. Faça as intervenções mais propositadas, grosseiramente detalhadas e responsivas aos padrões emergentes naturalmente. Suas ações serão oportunistas, porém mais deliberadas e, seus objetivos provavelmente serão mais fortemente articulados. Contudo, o risco pode aumentar com essa abordagem.

Suponha que você não possa esperar pela emergência natural. Nesse caso, a maneira mais segura (e isso é clássico no Cynefin) é reunir todas as hipóteses possíveis sobre o que poderia fazer a diferença, testá-las para coerência e acionar investimentos paralelos seguros-para-falhar (safe-to-fail probes) em cada uma com forte monitoramento. Isso pode ser institucionalizado com tomada de decisão distribuída (tenho insinuado sobre isso há algum tempo e escreverei mais). Se você não seguir com as sondagens paralelas e lançar uma iniciativa com base no que acha que é a coisa certa a fazer (estratégia mais tradicional), esse é o maior risco em relação ao provável sucesso da(s) intervenção(ões).

Isso nos leva ao ‘ponto ideal’ em relação à forma, posição e tamanho do meio, que se adaptará ao contexto. Isso pode me permitir explorar riscos situacionais, como o risco de inação, mas isso é para o futuro. Estou mais do que aberto a comentários e perguntas. A propósito, esta pesquisa também tem implicações significativas para as práticas regulatórias.

*este artigo foi traduzido pela equipe The Cynefin Company Brazil
fonte:
https://thecynefin.co/risk-matrix-first-outing